O glioblastoma o câncer mais mortal
Cientistas da Universidade da Virgínia encontraram um oncogêne (um gene causador de câncer) responsável pelo glioblastoma, o tumor cerebral mais mortal.
O glioblastoma multiforme é um tipo de câncer cerebral, do grupo dos gliomas, que atinge um grupo específico de células chamadas de “células da glia”. Elas auxiliam na composição do cérebro e nas funções dos neurônios. É um tipo de câncer raro e, na maioria dos casos, esporádico, sendo mais frequente em pessoas que estiveram em exposição prévia à radiação ionizante.
Este é um tipo de tumor agressivo, classificado como grau IV, pois tem uma grande capacidade de se infiltrar e crescer ao longo do tecido cerebral, podendo causar sintomas como dor de cabeça, vômitos ou convulsões.
Deve-se lembrar de que a medicina tem avançado, cada vez mais, na busca de tratamentos tanto para aumentar a sobrevivência como para melhorar a qualidade de vida das pessoas portadoras de câncer. Contudo, infelizmente não existe uma opção de tratamento tão eficaz para esse tipo de câncer, mas pesquisas têm avançado nessa direção.
Pesquisadores dizem que o oncogene é essencial para a sobrevivência das células cancerosas, sem ele as células cancerosas morrem. Os oncogenes são genes naturais que saem do controle e causam câncer.
A opção padrão atual de tratamento para o câncer é a radiação, com maior taxa de sobrevivência, descrita como um grande sucesso. A descoberta oferece um novo alvo de tratamento promissor para este câncer que é sempre fatal.
O oncogene identificado no estudo, AVIL, normalmente ajuda as células a manter seu tamanho e forma. Mas o gene pode ser alterado por uma variedade de fatores, fazendo com que as células cancerosas se formem e se espalhem.
No estudo, o bloqueio da atividade do gene destruiu as células de glioblastoma em camundongos de laboratório, mas não teve efeito nas células saudáveis. Isso sugere que direcionar o gene pode ser uma opção de tratamento eficaz. Clinicamente, a alta expressão de AVIL se correlaciona com piores resultados do paciente.
A equipe acredita que essa abordagem pode ser usada para descobrir outros oncogenes – esperançosamente levando a novos tratamentos para uma variedade de cânceres.