Mal de Alzheimer: novo método permite detectar doença com 17 anos de antecedência

Mal de Alzheimer: dispositivo revela o dobramento incorreto do biomarcador de proteína beta-amiloide que causa depósitos característicos no cérebro

 

A doença de Alzheimer é um tipo de demência mais comum e também é um termo geral usado para descrever as condições que ocorrem quando o cérebro não mais consegue funcionar corretamente. A doença que causa problemas de memória, pensamento e comportamento atende cerca de dois terços dos casos em idosos.

Pesquisas vêm sendo feitas a fim descobrir novos métodos para a prevenção e tratamento da doença. Recentemente, cientistas desenvolveram um sensor que identifica biomarcadores de proteínas mal dobradas no sangue até 17 anos antes do aparecimento dos sintomas clínicos. De acordo com a pesquisa, o dispositivo detecta o dobramento incorreto de biomarcadores de proteínas que causa depósitos característicos no cérebro, placas que se acumulam entre os neurônios e interrompem a função celular. Ao detectar esse dobramento incorreto no sangue, ele oferece uma chance de detectar a doença de Alzheimer antes que ocorram quaisquer sintomas.

O intuito dos pesquisadores é mapear o risco do desenvolvimento do Alzheimer em um estágio posterior, com um simples exame de sangue, antes que as placas tóxicas possam se formar no cérebro, para garantir que uma terapia possa ser iniciada a tempo.

Alguns biomarcadores foram testados no estudo, o sensor imuno-infravermelho foi capaz de identificar os 68 sujeitos de teste que mais tarde desenvolveram a doença de Alzheimer com um alto grau de precisão do teste.

A concentração de proteína de fibra glial (GFAP) pode indicar a doença até 17 anos antes da fase clínica, embora o faça com muito menos precisão do que o sensor imuno-infravermelho.

Para comparação, os pesquisadores examinaram outros biomarcadores com a tecnologia complementar e altamente sensível SIMOA – especificamente o biomarcador P-tau181, que atualmente está sendo proposto como um candidato promissor em vários estudos.

A teoria da amiloide está no centro da teoria mais aceita de como a doença de Alzheimer se desenvolve no cérebro. Contudo a pesquisa que foi questionada está focada em um tipo muito específico de amiloide, e essas alegações não comprometem a grande maioria do conhecimento acumulado durante décadas de pesquisa sobre o papel dessa proteína na doença apesar dos questionamentos relatados sobre a pesquisa.

Os pesquisadores de Bochum esperam que um diagnóstico precoce baseado no mau dobramento do beta-amiloide possa ajudar a aplicar as drogas de Alzheimer em um estágio tão precoce que tenham um efeito significativamente melhor como, por exemplo, a droga Aduhelm, que foi recentemente aprovada nos EUA.

Ainda assim, combinando o dobramento incorreto de beta-amiloide e a concentração de GFAP, os pesquisadores conseguiram aumentar ainda mais a precisão do teste no estágio livre de sintomas, porém este marcador não se tornou eficaz para a fase inicial sem sintomas da doença de Alzheimer.

Nos pacientes diabéticos com a redução do metabolismo da glicose que acontece antes do surgimento dos sintomas, a resistência insulínica dos DM tipo 2 reduz os receptores no cérebro aumentando o risco de Alzheimer nestes pacientes.

Vale ressaltar que a troca de glicose/carbo pelo metabolismo das gorduras/corpos cetônicos é fundamental para proteção neuronal. Além disso, mais dois pontos podem auxiliar na prevenção da doença. A inclusão do coco pode auxiliar a saúde neurológica, pois o alimento é fonte de AG de cadeia média e usar óleos a base de TCM e dieta cetogênica são alternativas e servem como combustível para o cérebro dos pacientes com Alzheimer.