Obesidade: as famosas injeções para emagrecer e seus efeitos colaterais
Injeções como Ozempic, Victoza, Saxcenda e seus inesperados efeitos colaterais que acometem o paciente que busca emagrecer.
A obesidade se transformou em um problema público mundial e certos hábitos de vida, como: uma alimentação incorreta, sono inadequado e estresse, por exemplo, têm contribuído absurdamente para a piora desse quadro. Juntamente com o aumento dos casos de obesidade, outros problemas de saúde se tornam mais comuns, como a diabetes tipo 2.
Assim, diversas pesquisas foram desenvolvidas para encontrar novas formas de tratamento para emagrecer. E novos remédios, injetáveis ou em pílulas, prometem ajudar no tratamento, uma vez que aceleram o metabolismo, queimam gordura acumulada, diminuem o apetite e controlam as emoções relacionadas à alimentação.
O ponto de partida da nossa discussão é o fato de que alguns destes medicamentos possuem como finalidade inicial o tratamento para diabetes. Por isso, o paciente deve estra ciente de que seu uso inapropriado pode ocasionar consequências na saúde física e mental em quem aplica as injeções com o objetivo emagrecer.
Injeções para emagrecer famosas Saxcenda, Ozempic e Victoza e suas características
Na constante busca da fórmula mágica para emagrecer, as certas injeções ficaram famosas no quesito, mesmo que sua função tenha se iniciado na corrida contra o diabetes, e hoje elas são a primeira escolha de medicação e tratamento para emagrecimento, sendo por indicação médica ou automedicação. O Brasil é o pais de maior índice de automedicação segundo o Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ).
O Ozempic e o Victoza não foram criados para serem medicações para emagrecimento, embora o Saxcenda sim. Estas medicações atuam de forma semelhante ao hormônio GLP1 no intestino, diminuindo fome, aumentando saciedade e a secreção de insulina controlando a glicemia.
O Saxenda age se ligando aos receptores de glucagon, que é um hormônio produzido no pâncreas e nas células do trato gastrointestinal cuja finalidade principal é aumentar a glicemia (nível de glicose no sangue).
Porém existem efeitos colaterais, mesmo com orientação médica podemos verificar vários sintomas como: náuseas, vômitos, diarreia/constipação, desidratação, aumento da frequência cardíaca em repouso, reações alérgicas, hipoglicemia, indisposição além de pancreatite, falência renal, mental, como depressão, ansiedade, confusão mental, além de cálculo renal, tumores na tireoide.
Além disso, um novo efeito colateral vem sendo relatado por dermatologistas. A insatisfação com o “novo” rosto diante do emagrecimento acentuado, pois muitos ganharam novos contornos.
O que levanta reflexões bastante importantes. A principal delas é a eterna insatisfação com o seu corpo. O descontentamento é algo interno e a cada dia ele acaba sendo maior. Desse modo, essa dificuldade das pessoas se sentirem realizadas e a busca constante pela perfeição do corpo e rosto perfeito e o problema em aceitar o envelhecimento merecem cada vez mais atenção junto à sociedade. Um padrão de beleza rigoroso para se encaixar na juventude e uma auto distorção da imagem.
Antes era a busca pela perda de peso, agora é pela juventude. E assim escraviza-se numa ciranda de desejos onde a satisfação plena está sempre no futuro que nunca chega.
“Depois de uma certa idade, é preciso escolher entre o rosto e o corpo”, diz a famosa frase atribuída à atriz Catherine Deneuve, para explicar a dificuldade em manter os dois em harmonia. Será?