Existe uma conexão entre a má saúde bucal e a doença de Alzheimer?

Pesquisadores da Tufts University School of Dental Medicine descobriram que uma bactéria específica na boca ligada à doença gengival pode causar uma resposta inflamatória no cérebro, levando à doença de Alzheimer e a neurodegeneração.

 

A boca é o lar de bactérias, saudáveis, protetoras ou nocivas que podem promover inflamações. Um estudo da Tufts University School of Dental Medicine traçou um vínculo entre as bactérias nocivas, como a Fusobacterium nucleatum, com um biomarcador chave para a doença de Alzheimer chamado de  beta-amiloide.  Até onde sabemos, este é o primeiro estudo que mostra uma associação entre a comunidade bacteriana desequilibrada encontrada sob a linha da gengiva com o aumento de bactérias nocivas e associado a um biomarcador do LCR da doença de Alzheimer em idosos cognitivamente normais.

A Fusobacterium nucleatum pode gerar inflamação sistêmica e, inclusive, infiltrar em tecidos do sistema nervoso e exacerbar os sinais e sintomas da doença de Alzheimer, podendo assim reduzir as habilidades de memória e pensamento como observado em camundongos.

Estudos mostram que as bactérias da boca podem até afetar a recuperação do COVID-19.

Além disso, pessoas com doenças gengivais tiveram um risco maior de hospitalização e outras complicações do COVID-19. A prevenção de muitas doenças começa pela boca com alimentação e escovação adequada.

Para remover os biofilmes e placas dos dentes e prevenir a formação de tártaro, a escovação diária após as refeições por 2 minutos com escova de cerdas macias e pasta de dente contendo flúor além do fio dental pelo menos 1 vez ao dia.

O que você come não só afeta sua imunidade, mas também ao equilíbrio de bactérias bucais. Com isso, devemos limitar o consumo de alimentos e bebidas contendo açúcar, como refrigerantes, sucos de frutas, café e chá adoçados, o excesso de farinha branca e o excesso de produtos ricos em lactose com o objetivo de prevenir  complicações e doenças como obesidade, HAS, problemas dentários, doença de Alzheimer e as complicações da COVID-19.

Futuramente testes para carga bacteriana e grau de sintomas podem se tornar uma maneira de medir a efeitos de  Fusobacterium  nucleatum e gerenciar o tratamento para retardar a progressão da doença periodontal e doença de Alzheimer.