Influenza (H1N1)
Na história das pandemias observamos algumas com características semelhantes, a pandemia de cólera em 1817 que matou milhares de pessoas, a gripe espanhola em 1918 que dizimou cerca de 75 mil pessoas, o Ebola que matou 11 mil pessoas na África ocidental entre 2013 a 2016, a AIDS em 1960 que matou 30 milhões de pessoas ao longo das décadas, a gripe A(H1N1) em 2009 que até hoje mata e os números de 2009 para 2021 são de mais de 151 mil mortos.
O vírus da Influenza H1N1 se originou no México e recebeu algumas denominações como “gripe suína”, “gripe A”, “gripe mexicana”.
É uma infecção aguda que ataca o sistema respiratório e causa sintomas como secreção, calafrios, febre, falta de apetite, espirros, tosse, dor de garganta, coriza, fadiga, dor de cabeça, mialgia, olhos congestionados, e em casos graves pneumonia, o vírus tem grande potencial de transmissão, porém com menor transmissibilidade e menor letalidade do que o vírus da COVID-19. É um vírus que se propaga rapidamente e é responsável por elevadas taxas de hospitalização. Apesar do nome não se adquire a gripe comendo produtos suínos. Existem 4 tipos de Influenza: A, B, C, D
O vírus da Influenza tipo A e B são os responsáveis pelas epidemias sazonais, sendo o vírus da Influenza A o grande responsável pelas grandes pandemias.
Devido ao potencial de variação genética o vírus da gripe, sempre existe a possibilidade de ocorrer uma nova transmissão, possui 8 fitas de RNA, 1 fita de cepas da gripe humana, 5 cepas suínas e 1 cepa aviária. Em 2009 uma cepa mutante se espalhou na índia e foi relatado mais de 10 mil casos com 774 mortes.
Pessoas com maior risco de infecção são jovens e crianças com menos de 19 anos, adultos com mais de 65 anos, crianças menores de 5 anos, pessoas com uso prolongado de aspirina, pessoas com sistema imunológico comprometido, gestantes e pessoas com doenças crônicas como Diabetes, doenças cardiovasculares e neuromusculares.
O período de encubação da doença é de 1 a 4 dias com média em torno de 2 dias mas em alguns indivíduos pode chegar a 10 dias, o vírus é mais contagioso nos primeiro 5 dias. Para um diagnóstico preciso é muito importante o exame para detecção e tratamento adequado, como teste de reação em cadeia da polimerase-transcriptase reversa (RT-PCR).
A prevenção da transmissão de pessoa pra pessoas se dá por tosse ou espirro em que o vírus entra na superfície mucosa ou contato de superfícies contaminadas, a melhor forma de prevenção é pela lavagem de mão com água e sabão e desinfecção e lavagem e desinfecção de superfícies além de cuidado ao tocar nariz, boca e áreas adjacentes. Prevenindo aerossóis liberados no ar pela tosse e/ou espirros e prevenção do contato com fluídos corporais.
A prevenção mais eficaz é a vacina H1N1 que deve ser administrada na população anualmente. Medicamentos antivirais: zanamivir, oseltamivir e peramivir ajudam a reduzir, ou possivelmente prevenir os efeitos se o medicamento for tomado dentro de 48 horas do início dos sintomas. Porém possuem alguns efeitos colaterais e pessoas alérgicas a ovo não devem administrar o Zanamivir.
É uma gripe muito contagiosa e facilmente transmitida por humanos, a infecção leva rapidamente aos sintomas citados de moderado a grave e as mortes relatadas não são raras. O ideal é sempre a prevenção, em caso de sintomas fazer os exames adequados para o tratamento rápido e eficaz.