DOSAGEM DE ENZIMAS INFLAMATÓRIAS

Instruções:

Recomendado jejum de 8 horas e alimentação leve no dia que anteceder a coleta.
Informações técnicas:
 As pesquisas e dosagens de algumas enzimas específicas podem ser utilizadas para o diagnóstico e localização de algumas desordens inflamatórias, com o objetivo de auxiliar e acompanhar seus tratamentos. Podem ser dosadas através de um perfil conjunto ou solicitadas individualmente.

a) Interleucina 1-beta (IL-1 beta) é uma citocina parácrina. Altos níveis desta citocina são observados em choque séptico. A citocina está envolvida na patogênese da artrite reumatóide e, em pacientes com essa condição, a sua concentração no líquido sinovial é significativamente maior, o que não ocorre no soro.

b) A interleucina-6 (IL-6) é uma citocina (proteína multifuncional) que pode ser liberada por várias células do organismo frente aos mais diversos estímulos. Mais especificamente, a IL6 secretada pelos adipócitos, células endoteliais e células do sistema imune, é um importante fator na manutenção do estado de baixo grau de inflamação característico da obesidade, diabetes e doença cardiovascular, bem como pela ativação imunológica aguda desencadeada por infecções e sepse. Os níveis séricos de IL-6 podem refletir a presença de estímulos inflamatórios sistêmicos, metabólicos e fisiológicos subjacentes.

c) O gene TNFα codifica uma citocina pró-inflamatória, que atua como um fator que promove aterogênese e dano vascular. Além disso, o TNF está envolvido em muitos processos, como apoptose, proliferação e diferenciação celular. O polimorfismo analisado pode condicionar seus níveis de atividade, interferindo desfavoravelmente nos mecanismos pró-inflamatórios.

d) Interleucina-10 (IL-10 ou IL10), também conhecida como fator de inibição da síntese de citocinas (CSIF em sua sigla em Inglês), é uma citocina anti-inflamatória que inibe a síntese de citocinas pró-inflamatórias pelos linfócitos T e macrófagos. Sua presença tem sido demonstrada em placas ateroscleróticas humanas, já que foi observado, em estudos experimentais, que baixos níveis de IL-10 favorecem o desenvolvimento de lesões ateroscleróticas morfologicamente maiores e mais instáveis.

e) O Dialdeído Malônico (MDA) é um produto final da lipoperoxidação lipídica. Contribui para a reação inflamatória por ativação de citocinas pró-inflamatórias, como o TNFBeta e a IL-8.

f) LDL oxidada é um marcador específico usado amplamente para identificar o Estresse Oxidativo. A aterosclerose é amplamente reconhecida como uma doença inflamatória crônica que envolve uma resposta imune inata e adaptativa, sendo que seus componentes celulares e humorais têm sido implicados no processo de aterogênese. Interpretação clínica: Anticorpos anti-OxLDL estão presentes em pacientes com aterosclerose, endometriose, diabetes e outras situações de estresse. A anti-OxLDL está intimamente ligada com o tamanho da placa de ateroma.

g) A Superóxido dismutase (SOD) é uma enzima antioxidante, especializada na remoção do radical ânion superóxido (O2-). As enzimas antioxidantes são a primeira linha de defesa das células contra espécies reativas de oxigênio. A SOD precisa trabalhar em conjunto com enzimas que destruam o H2O2 (produto final da metabolização do O2-). Suplementação com antioxidantes por, pelo menos, 90 dias, geralmente reduz os níveis de SOD em pacientes coronariopatas. Desta maneira, esse exame é um marcador da eficácia do tratamento antioxidante.