Covid Longa: Entenda os sintomas e como melhora-los
Fadiga, tosse e dificuldade para respirar estão entre as queixas. Transtornos mentais também foram apontados como sintomas da Covid Longa
O Instituto Nacional de Estatísticas britânico (ONS, na sigla em inglês) estima que cerca de 1,3 milhão de pessoas no Reino Unido têm a chamada “Covid Longa”.
Como vem sendo observado, a maioria das pessoas que contrai covid não fica gravemente doente e apresenta um quadro de melhora relativamente rápido, mas vem sendo observado sintomas que duram mais de quatro semanas após recuperação.
O termo “Covid Longa” ou long Covid refere-se à ampla gama de condições de saúde que vem sendo relatado por pacientes que tiveram Covid após a cura da doença.
Não se sabe exatamente qual a causa da Covid Longa, mas sugere-se que a infecção inicial faça com que o sistema imunológico de algumas pessoas fique sobrecarregado, atacando não apenas o vírus, mas seus próprios tecidos.
A Covid Longa pode afetar as pessoas semanas ou meses após a recuperação de uma infecção por Covid. Os sintomas mais comuns são fadiga, dificuldade em respirar, palpitações cardíacas, confusão mental (disfunção cognitiva ou névoa cerebral), mas foram relatados mais de 200 sintomas atuais sendo alguns deles tontura, dor de estômago, alteração do paladar ou olfato, alguns descreveram ansiedade ou depressão, dores musculares, dores no peito e febre, e ainda problemas gastrointestinais e de bexiga, alterações no ciclo menstrual e problemas de pele, o que se observa e que foi descrito é que a condição pode durar três meses, mas há relatos de seis meses e até nove meses.
Estamos a cerca de 2 anos da pandemia e ainda há mais estudos que precisam ser feitos para acompanhar pacientes que desenvolvem uma condição pós-COVID-19 ou COVID longa.
O objetivo dos estudos atuais relacionados a Covid é além da cura que se consiga minimizar os sintomas desconfortáveis pós-Covid, e com isso uma melhor qualidade de vida da população.
O sintoma mais relatado é o cansaço e a falta de ar, mesmo em pacientes que não apresentem nenhuma disfunção pulmonar, mas que pode ser advinda de músculos e nervos que controlam a respiração, em vez de lesões dentro do pulmão, como uma cicatriz ou algo restante da infecção.
Atualmente, não existe um teste padrão para detecção da Covid longa, os médicos primeiro descartam outras possíveis causas para os sintomas e submetem os pacientes a exames para checar diabetes, função da tireoide e deficiência de ferro, por exemplo antes de receberem um diagnóstico de covid longa.
É possível que um exame de sangue específico esteja disponível no futuro.
Apesar de ainda não existir tratamento especialistas sugerem que algumas estratégias em casa podem ser úteis, como evitar atividades extenuantes em caso de fadiga severa e exercícios respiratórios.
Pacientes que sofrem de falta de ar relatam que muitas vezes alguns exercícios respiratórios ajudam a melhorar a dispinéia, exercícios de respiração baseados em ioga tem ajudado a melhorar da falta de ar em pacientes. Respirações profundas, longas e lentas pelo nariz fortalecem os músculos respiratórios, e ajudam no controle da respiração.
Um em cada três pessoas que não foram vacinadas estavam exibindo sinais de Covid Longa, agora com a população mista de pessoas vacinadas e não vacinadas, os pesquisadores estão buscando mais clareza sobre quem ainda está apresentando sintomas de longo prazo.
As vacinas contra a Covid podem diminuir a gravidade da doença para as pessoas que são infectadas com o vírus. Da mesma forma, vários estudos sugerem que pessoas vacinadas que desenvolvem Covid longa apresentam sintomas menos graves do que pessoas não vacinadas
Pesquisadores acreditam que as vacinas contra a Covid podem diminuir a gravidade da doença para as pessoas que são infectadas com o vírus, bem como as mutações recentes do vírus estão causando infecções cada vez mais leves, e infecções mais leves parecem causar menos casos de Covid Longa.
Ao que parece maioria dos pacientes com Covid Longa já tinham condições pré-existentes, como doenças cardiovasculares, colesterol alto e obesidade. Assim, uma maneira eficaz de prevenção além da vacinação, é uma alimentação mais limpa e exercícios regulares.
Ainda há muito o que aprender sobre os impactos da vacinação e da condição pós COVID-19, no entanto, é muito claro que prevenir a infecção por SARS-CoV-2, é a melhor maneira de prevenir o desenvolvimento da condição pós-COVID-19 ou COVID.
Assim como testagem, vacinação e medidas de saúde pública, como uso de máscaras nos locais apropriados, distanciamento físico, lavagem das mãos continuam sendo importantes para o controle das doenças.