Covid-19: Entenda mais sobre a Ômicron Silenciosa – a subvariente BA.2

Nova subvariante do Covid-19 possui características que podem gerar preocupação. Entenda mais sobre a nova mutação

 

Até meados de março, a variante da Ômicron mais comum era a BA.1, que surpreendeu os especialistas por seu nível de transmissibilidade, embora após estudos fosse descoberto ser menos perigosa do que outras.

À medida que os vírus se transformam em novas variantes, muitas vezes se dividem ou se ramificam em sublinhagens e novos estudos precisam ser feitos para que se tenha controle de uma possível pandemia ou endemia.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que a subvariante BA.2 representa quase 86% dos casos sequenciados atuais.

Os casos de covid-19, que estavam diminuindo rapidamente em toda parte após terem alcançado picos diários inacreditáveis ​​causados pela ômicron, vem aumentando. A nova variante chamada de ‘ômicron silenciosa’, é a subvariante BA.2 que já é dominante no mundo.

Apesar de ainda não está claro onde se originou, ela foi detectada pela primeira vez em novembro entre as sequências armazenadas no banco de dados das Filipinas.

A BA.2 é chamada de “silenciosa” porque não possui o marcador genético que os pesquisadores estavam usando para determinar rapidamente se uma infecção era mais provável de ser causada pela ômicron “regular” (BA.1), em vez da variante delta.

Embora a BA-2 seja mais transmissível do que a ômicron normal, conforme estudo realizado com 8,5 mil famílias e 18 mil pessoas pelo Statens Serum Institut (SSI), felizmente ela não é mais grave. Não há dados que sugiram que BA.2 cause uma forma mais grave da doença do que as subvariantes anteriores da ômicron.

Assim como acontece com outras variantes, uma infecção por BA.2 pode ser detectada por meio de teste rápido ou PCR, mas estes testes não são capazes de distinguir a BA.2 da delta. Assim testes do tipo PCR mais específicos devem ser feitos para confirmação.

Tem se observado que a BA.2 tem sido mais eficiente em infectar pessoas vacinadas e com uma terceira dose de reforço do que as variantes anteriores, de acordo com o estudo, embora as pessoas vacinadas tenham menos probabilidade de transmitir o vírus. Mesmo com as vacinas aparentemente menos eficazes contra ela e a com proteção diminuindo com o tempo, as doses de reforço aumentam a proteção e previnem hospitalizações e mortes, segundo dados da Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido.

No entanto a forma mais eficaz de prevenir infecções e salvar vidas é quebrar as cadeias de transmissão, para fazer isso, é preciso testagem e isolamento. O coronavírus ainda é um grande problema de saúde pública e continuará sendo.

Covid-19: confira os sintomas característicos da subvariante BA.2

 

Especialistas afirmam que esta subvariante está infectando mais agora devido ao relaxamento das medidas de contenção da pandemia em muitos países. Assim como no caso das variantes anteriores, os especialistas dizem que as vacinas seguirão sendo altamente eficazes na prevenção de doenças graves, hospitalizações e mortes.

No entanto, esta subvariante é um lembrete de que o vírus continua se replicanto e contaminando as pessoas principalmente as não vacinadas e àquelas que não tomaram doses de reforço ou às mais vulneráveis.

Vale lembrar que a Covid-19 pode demorar alguns dias para apresentar sintomas, e só uma parcela dos infectados vai desenvolver sinais mais graves, que exigem uma avaliação médica e eventualmente até uma internação, ou seja: sem testes, os indivíduos com sintomas leves (ou sem incômodo algum) não sabem que estão infectados e muitas vezes seguem a vida normalmente, passando o patógeno adiante.

Num cenário com alta transmissão, o risco de ter contato com o coronavírus aumenta. Portanto, é importante ficar atento aos sinais como febre ou calafrios, tosse, dificuldade para respirar, fadiga, dor no corpo, garganta e/ou dor de cabeça, perda de olfato e paladar, náusea, nariz entupido, vômito, diarreia. Em caso de um ou mais desses sintomas, o primeiro passo é limitar o máximo possível o contato com outras pessoas para diminuir o risco de transmitir o vírus adiante.

É justamente isso que cria as cadeias de transmissão viral, após algum tempo, isso pode desembocar em aumento das hospitalizações, escassez de insumos, leitos e profissionais e até o colapso do sistema de saúde.

Agora, quando esse repique é observado com antecedência, logo em sua origem, é possível reforçar as ações preventivas, como o uso de máscaras e distanciamento social, para controlar o problema no local e evitar que ele se espalhe.

Saber dessas estatísticas, é fundamental num momento em que temos uma nova variante com alto potencial de transmissão, como a ômicron, e que está por trás de recordes de casos registrados nos últimos dias em várias partes do mundo.

Estamos vivendo uma onda silenciosa de infecções de ômicron e nem notamos isso, porque não temos uma política de testagem adequada como em países europeus.