A verdade sobre as medicações para dormir
MEDICAÇÃO PARA DORMIR: O QUE VOCÊ PRECISA SABER ANTES DE TOMAR
Com o aumento da ansiedade em escalas alarmantes o uso de medicamentos para dormir vem acompanhando o crescimento, mas o que muitos não percebem é o problema que pode ocorrer com o uso de medicações sem orientação médica e/ou com o uso prolongado, e principalmente sem necessidade.
As evidências dos efeitos colaterais, ineficácia e dos perigos diretos das drogas para dormir são inúmeras. Elas podem ser úteis para casos graves de insônia ou outras condições, sob a orientação rigorosa de um médico. Mas, sem principalmente orientação médica, eles devem ser evitados. Medicamentos para dormir possuem vários efeitos colaterais indesejáveis desde depressão à morte.
Embora os problemas de sono possam ocorrer em qualquer idade e por muitas razões, eles não podem ser curados tomando uma pílula. A insônia pode advir de inúmeras causas. Mesmo nos casos em que os medicamentos para dormir ajudam nos distúrbios do sono diagnosticados, sua utilidade diminui com o uso repetido e prolongado. Assim como qualquer sintoma o foco deve ser na causa e não na solução rápida do sintoma.
Os medicamentos podem ser úteis em curto prazo, contudo devem ser evitados ao máximo devido à resistência que na maioria das vezes ocorre, e com isso o uso de uma dosagem cada vez maior.
Números caracterizam grupos e medicações para dormir mais usados
Mais de 6% dos adultos norte-americanos tomam remédios para dormir prescritos ou sem receita todos os dias, de acordo com uma análise publicada, em janeiro de 2023, pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças. Outros 2% tomaram os medicamentos na maioria dos dias e 10% em alguns dias. Mulheres e idosos são mais propensos a recorrer a medicações.
Os medicamentos para dormir mais comuns conhecidos por terem efeitos colaterais graves são: temazepam (Restoril), eszopiclona (Lunesta), zolpidem (Ambien) e zaleplon (Sonata), juntamente com barbitúricos e anti-histamínicos sedativos.
Em um estudo que durou dois anos, as pessoas que tomavam remédios para dormir tinham uma porcentagem de desenvolver câncer do que as que não tomavam. Inclusive, pessoas de mais idade que começam a tomar benzodiazepínicos sedativos, incluindo Valium, Xanax e Klonopin têm duas vezes mais chances de cair e quebrar o quadril durante as duas primeiras semanas de uso do medicamento apontou outro estudo.
Uma nova pesquisa publicada, no Journal of Alzheimer’s Disease, em janeiro de 2023, vinculou medicamentos prescritos para dormir a um maior risco de desenvolver demência. Os inúmeros estudos apenas confirmam o aviso dos fabricantes, a lista de efeitos colaterais inclui o agravamento da depressão, problemas respiratórios, tontura, confusão e conduta agressiva, juntamente com comportamentos de sono complexos, como levantar da cama sem estar totalmente acordado, fazer uma atividade que não sabe que está fazendo e na manhã, seguinte, não se lembrar de ter feito nada durante a noite.
Além de outros efeitos colaterais que variam de dores de cabeça a constipação ou diarreia, irônica sonolência do dia seguinte, chamada de “efeito ressaca”, o agravamento da Depressão ou pensamentos Suicida sonambulismo, vigilância e coordenação motora prejudicada, pensamento anormal e Mudanças Comportamentais. O que significa não exatamente bons sonhos.
Algumas abordagens alternativas, naturais podem ajudar a melhorar a qualidade do sono sem os efeitos colaterais citados pelas medicações para dormir.
Os benefícios de uma boa noite de sono são inúmeros, desde ajudar no processo de emagrecimento a melhora do humor.
O sono profundo de qualidade e de duração suficiente limpa o cérebro de toxinas que se acumulam todos os dias, solidifica novas informações em memórias, resolve emoções por meio de sonhos dos quais você pode ou não se lembrar e rejuvenesce o corpo em nível celular todas as noites, reduzindo o estresse e dando a você a energia física e o foco mental para aproveitar seus dias e fazer as coisas.
Um bom sono depende de uma estratégia simples que envolve vários fatores bem estudados. Entre os mais importantes: definir uma hora para dormir e acordar é fundamental. Nosso cérebro e corpos se adaptaram ao longo de milhões de anos ao ciclo do sol e preferem um ciclo rotineiro de sono-vigília.
A luz natural do dia é fundamental para definir o relógio interno do corpo, seu ritmo circadiano, que governa a liberação de melatonina durante o sono à noite e a suprime durante o dia, quando você quer estar acordado e alerta. As telas atrapalham esse processo e a liberação de melatonina. Um estudo recente confirmou os benefícios de sair de casa, descobrindo que cada hora de exposição à luz natural do dia pode adiantar o relógio biológico em 30 minutos (e cada hora de luz interna brilhante à noite pode atrasá-lo em 15 minutos). “Precisamos sair – mesmo que por pouco tempo e especialmente pela manhã – para obter a exposição à luz natural”, disse o autor sênior do estudo, Horacio de la Iglesia, PhD, professor de biologia na Universidade de Washington.
Qualquer movimento durante o dia é melhor do que nenhum, e apontar para pelo menos 22 minutos de atividade diária moderada, como uma caminhada rápida ou qualquer coisa que faça seu sangue bombear, oferece benefícios claros para o sono e melhora a saúde geral do cérebro e do corpo. Descobertas publicadas recentemente na Mayo Clinic Proceedings mais uma vez sugerem que a atividade física ajuda as pessoas a dormir melhor.