Testes rápidos de COVID-19 são eficazes para as novas variantes?

Segundo estudos, testes rápidos de Covid-19 podem ser menos eficientes para novas variantes

Os testes rápidos de antígeno COVID-19 vem se popularizando para detectar o vírus da COVID-19. Embora os testes rápidos de antígeno possam ser uma ferramenta útil na detecção de infecções por COVID-19, o RT-PCR ainda é a maneira mais eficaz de detecção do vírus. Segundo o Ministério da Saúde, o auto teste de Covid-19 deve funcionar como uma pré-triagem aos sistemas de saúde, não sendo válido como atestado médico ou autorização para viagem.

Cientistas da Harvard fizeram estudos com os testes rápidos de COVID-19 e descobriram que estes não são eficazes na detecção da COVID devido as diferentes variantes e mutações sofridas desde 2019 que emergiram da cepa original SARS-CoV-2 ao longo da pandemia. Além disso, a falta de técnica do manipulador, principalmente se os testes forem feitos em casa, podem gerar testes com resultados falsos não fidedignos.

Testes rápidos de antígenos buscam pedaços de proteína do coronavírus, logo se houver pedaços suficientes de proteína do vírus no líquido o teste se tornará positivo. Contudo se os níveis forem baixos de um vírus estes podem não ser detectados, por isso é recomendável que as pessoas testem pelo menos duas vezes em um período de 36 a 48 horas para aumentar as chances de detectar uma infecção e faça o PCR para detecção da tipagem da variante.

COVID-19: evolução do vírus mostra o surgimentos inúmeras variantes de preocupação

A variante Omicron continua a sofrer mutações e há duas novas sub-linhagens relatadas no Reino Unido. O surgimento de novas variantes do Covid é um alerta, mesmo que ainda não se veja relatos e níveis preocupantes das variantes. A variante BA2, que é a primeira subvariante do Omicron, é responsável pela maioria dos casos relatados e já tivemos um tipado no Brasil.(LACH)

A variante BA2 é de difícil detecção, altamente transmissível e com sintomas diferentes dos habituais da COVID, como: fadiga e dor de garganta.

Até agora foram detectados 1.300 casos da variante BA.4 na Inglaterra e um caso na Irlanda do Norte, enquanto isso a BA4 e BA5, estão aumentando rapidamente com sintoma de perda de olfato e zumbido no ouvido, um novo sintoma que tem sido relatado, estima-se que 19%  (um em cada cinco pessoas) com Covid relatou problemas no ouvido, com a descrição de zumbidos que vão e vem e podem ser de leve a moderado e sumir rapidamente ou perpetuar por semanas ou meses.

Os órgão de saúde solicitam atenção nos sintomas e protocolos utilizados em testes rápidos e até mesmo no PCR. Alguns protocolos de teste PCR não estão sendo capazes de detectar as variantes emergentes.

Ao contrário dos testes moleculares (RT-PCR) que detectam mais precisamente os genes SARS-CoV-2, o desempenho do teste de antígeno ainda precisa ser reavaliado para variantes emergentes para garantir que ainda atendam aos objetivos pretendidos de saúde pública de uma pandemia, dadas as diferenças nos limites de detecção dos diferentes testes e laboratórios.